quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Destino: Rossio

Caí a chuva,

Bate o vento.

A cor do dia revela-se

Numa tristeza de gelar a Alma.

Como mil vezes antes,

Desce a escada quase corcunda,

Curvado pelo peso da alvorada.

Pouco é como sonhava…

Perdido no caminho que há-se seguir!

Entra na carruagem, pensativo.

Enfrenta o que lhe traz a viagem.

A melancolia que lhe pesa o peito

Quase rebenta no mar de gente.

Ele observa demoradamente ao seu redor…

O cinzento nos vidros…

O colorido de mil povos num só espaço…

Sente o ar frio de um ar condicionado desajustado.

Nada é tão mau como parece!

Sai do túnel, chega ao destino.

Desce para um mundo marcante!

Enfrenta as Praças de Reis e Heróis…

As ruas de tempos idos,

Pintadas num mapa a régua e esquadro.

O peso dilui-se na grandeza de um sítio!

Ele pensa em quem o rodeia,

Sorri…

É feliz!

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Sinto retraida,coagida a comentar em seu blog por não ter o nìvel de elevação acadêmica que o seu.uma hora quero ignorar por não compreender e no instante seguinte instiga-me a ler iniciu,meio e fim mesmo sem entender a essência do que escreve,acabo entrando no estado da graça de sentimentos,emoções,reflexões pela forma como se relaciona com as palavras não me importando com o significado e me atirando no ritmo,detalhes e estilo.Degusto suas palavras e eu mesma construindo suas próprias significacães por ser complexo entrar na alma de um autor.


Maria Tatiana

13/11/10 02:39  

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