segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

Um Olhar Sobre Lisboa

Do alto de uma ponte que atravesso lentamente,
Obscurecida por uma manhã nublosa,
Observo a cidade transformada num mar cinzento
Onde se erguem edifícios atrás de edifícios.
Colinas onde sobressaem torres gigantes
Que contrastam com prédios já de si enormes!
Ali as cores não existem,
Aparecendo apenas nos pontilhados de cores berrantes
Que crescem juntamente com os blocos sociais
Onde multidões são despejadas
Por não terem posses para habitar nas zonas "in"!
O verde das vegetações vislumbra-se apenas
Nos tons do rio que mudam constantemente!
Este, pelo menos, corre ainda livremente para o mar...
Ao contrário de tudo o resto nesta selva arquitectónica.
Ainda sonolento ergo-me sem vontade
Saindo do transporte que me conduziu
Apenas para me levar a entrar num centro de confusão.
Gigantesco ponto comercial repleto de contrastes.
Onde tudo se encontra...
Onde tudo se perde!
Mergulho num mar de gente que me ignora.
Seres civilizados que respeitam menos o Ser Humano,
Que um leão que o desmembraria sem hesitar!
E eu desencontro-me com tudo isto
E desespero, querendo apenas retornar
Ao local que deixei para trás
Juntamente com aqueles que amo!
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