quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Ainda Oiço as Gaitas de Foles

Ainda oiço as gaitas de foles
No caminho que percorro.
Como um pedaço de alma
Que insiste em se agarrar
A este corpo profanado!
Sinto a morte chegar... sinto-a!
Se calhar já chegou mesmo há muito.
Talvez o caminho que percorro
Seja o caminho para o seu Reino,
Onde me juntarei aos que já partiram!
Talvez a colina verdejante que subo
Seja o seu lento aproximar
E a chuva miúda que me refresca a cara
Não seja mais que a sua bênção!
E ainda oiço as gaitas de foles que me encorajam!

2 Comments:

Blogger Frankie said...

Este deve ter mesmo sido escrito num dia daqueles!

Acho que todos temos disso, volta e meia...

Mas nada de dizer esses disparates, ora ora!

Os poemas até podem ficar muito bonitos e tal... mas "pense" lá bem: se o "senhor" se lembrava de seguir esse caminho depois eu já não tinha blog para vir assombrar!
(Sim, sim, eu sou uma pessoa mesquinha e terrivelmente egocêntrica!)

Dark kiss*

16/1/08 09:24  
Blogger Lux Caldron said...

Não te preocupes, afinal quem é que não se sente a morrer em certos dias? É natural, afinal todos morremos mesmo um pouco todos os dias, não quer dizer que eu esteja a pensar fazer a viagem num futuro próximo (embora não tenha receio nenhum desse momento, morrerei, como já disse num poema anterior, de velhice aos 93 anos).

Afinal onde nos leva o caminho que percorremos se não há morte? Tudo o resto é incerto mas uma coisa temos a certeza que vamos encontrar no fim do caminho...

Dark kiss*

16/1/08 15:10  

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