sábado, 27 de setembro de 2008

Digo-te

Durante longos anos
Ansiei por dizer
As palavras que um dia
Aprendi a temer.
Só o seu pronúncio
Me era horrorizante,
Mas ainda assim
As continuei a desejar.
Agora digo-tas!
Digo-tas sem medos!
Digo-tas sem recear
Que me venham a magoar.
Digo-te as palavras
Que um dia odiei.
Digo-te as palavras
Que ansiei por dizer!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

O Tigre e a Serpente

A velha Serpente vagueia
Por caminhos sinuosos.
Vai sibilando aqui e ali
Procurando a quem morder...
Pretende o que não consegue alcançar!
Vindo dos seus Reinos
Vem o Tigre destemido.
Traz a Pátria no coração
E defende-a com toda a alma.
Nada teme e tudo enfrenta!
Talvez a sua força cause inveja
Pois como alvo a Serpente o escolhe,
Escudando-se no alto e frágil galho
Que o Tigre não pode alcançar.
Ele recua mas não foge.
O seu tempo há-de chegar!
A serpente um dia cairá
E logo verá a força de um felino!


Este poema é dedicado a um Tigre em particular e a todos os que preferem a frontalidade de quem diz o que pensa em vez da sinuosidade de quem diz o que convém!
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