quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Luar em Mim

Todos temos um luar em nós,
Reflectindo algo que não nos pertence.
Como a Lua reflecte a luz solar,
Reflectimos aquilo que nos influencia.
Todos temos um pouco dos outros
Assim como aqueles que nos rodeiam
Guardam em si um pouco de nós!
Como seres sociáveis que somos,
Acumulamos experiências que nos chegam
Tentando manifestar aquilo
Que de melhor encontramos
Ao nosso redor...
Eu não imito ninguém!
Não mintas! Todos temos ídolos e modelos
Que seguimos na procura dos nossos objectivos...
Eu sou aquilo que quero!
Não! Não és! Ninguém é aquilo que quer!
Mas sim um conjunto de peças
Que recolhemos na nossa vida
E juntamos à nossa maneira
Montando o gigantesco puzzle que somos!

domingo, 26 de novembro de 2006

Espero

Espero pelo que sou
No corredor da vida.
Espero onde não estou,
Por alguém que me siga!
Não sei que fato trago vestido
Nem que máscara tenho posta...
Sigo um rumo sem sentido
E o eu que sou não é resposta!
Sou o que serei,
Mas o que sou não sei!
Procuro ser sempre melhor,
Erguendo-me de um mar de dor.
Serei aquilo que escolher
E não me digam que rumo tomar
Pois não será isso que me irá guiar!
É ao espelho que terei de me entender.

sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Pesadelos

Pesadelos de negro invadem-me o coração!
O dia assusta-me de tão negro que é...
E cedo caio num local opressor,
Com gente medonha que me persegue!
Fujo com todas as forças procurando uma luz que me ilumine!
Nem um luar irrompe do céu...
Continuo perseguido pela mesma gente d'outrora
Que no entanto foi sofrendo uma mutação constante!
Como uma serpente que liberta a pele
Assim fizeram com o corpo que largaram
Inanimado, imóvel no passado recente...
Apenas para assumir formas ainda mais tenebrosas.
Vejo-me rodeado por chamas que me envolvem
E me aquecem, muito para além do suportável!
Seres diabólicos com asas gigantescas
Sobrevoam-me de forma ameaçadora...
Como aves de rapina observando a sua presa!
Observo à volta... Não tenho onde me esconder!
O fogo que me rodeia estende-se para lá do horizonte
Num mar de chamas de tons avermelhados.
Encontro-me agora numa clareira cada vez mais apertada.
Gritos estridentes saem já da minha boca
Enquanto sinto o meu corpo inflamar
E a sua gordura a derreter...
Um dos seres medonhos desce a pique sobre mim
E com as suas garras suspende-me pela cintura escapular
Levar-me-á para onde? Para o seu covil, com certeza,
Onde me devorará até ao tutano,mas não... Largou-me!
Vejo-me agora a cair no vazio e então acordo na minha cama de sempre!
Levanto-me suado e com olheiras, mas certo que a realidade é melhor que a imaginação!

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

O Feitiço Da Lua

A Lua enfeitiça-nos
E transporta-nos a outra realidade
Com música de agora
E música de outrora,
Numa mistura fabulosa
Que lhe confere uma Alma própria
E nos leva a adorar Deusas antigas
Assim como vampiras...
Como uma ladra nocturna
Rouba-nos a noite.
Tão cheia de luz...
Tão Real...
Os lobos adoram-na,
Assim como o alquimista,
Que tomando ópio, encontra conforto
Nas serpentes nos seus braços!
A lua cheia leva-nos à loucura
E cantamos hinos de vitória
Esperando apenas um antídoto
Que nos faça provar a eternidade...
Mas porque nem todos os vampiros sugam sangue,
Porque nem todos morrem por amor,
Eu sigo carregando notícias
De Trevas, mas também de esperança.
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