segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Jamais

Quando do desespero saí
Foi apenas para me enfiar na ilusão.
Ganhei esperança de onde
Menos a esperava
E entrei num sonho
Que não seria realidade jamais.
Vivi ilusórios momentos felizes.
De uma felicidade embriagante
Que me levou desta realidade solitária,
À qual retornei
Com um simples clique,
E da qual não sairei jamais.
Desaparecida a esperança,
Vi-me de volta a esta triste situação.
Vivendo uma vida de cão
Como um rafeiro abandonado.
O sonho desapareceu quando parecia tão próximo,
Não se reaproximando jamais.
Estou de volta ao normal.
Num pesadelo cego.
Desventuras inacabadas de vendas nos olhos,
As quais procuro novamente retirar
Pretendendo ser livre outra vez,
Não o conseguindo nunca...
Jamais.

quinta-feira, 5 de outubro de 2006

A Um Tio Saudoso

Sento-me junto à janela
Na noite escura,
De luz apagada.
Olho desatento a rua iluminada,
Por baixo da noite escura,
Da noite bela!
A Lua cheia não se faz ver.
Só quem a procura a encontra
Como que numa montra
Emoldurada no céu,
Às vezes como que com um véu,
No espaço que se consegue ter!
Perdido penso em quem partiu
E no vazio que nos deixou.
Foi e não se despediu
Deixando de luto quem ficou.
Precisava de estar contigo.
Dos conselhos de um amigo.
No luar observo recortada
Uma sombra a aumentar.
No parapeito uma ave apareceu!
Dirigiu-me um penetrante olhar
E eu sinto a mente relaxada
Como nunca desde que ele morreu!
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