sexta-feira, 18 de julho de 2008

Um Olhar Sobre O Rio

Desce lenta e calmamente.
Sem que nada lhe faça frente,
Segue o seu caminho
Com a nobreza de um ancião!
Nada teme, nada o incomoda...
Desce dos montes dando-lhes vida
Levando o seu sumo até ao mar,
E à sua foz dando fama em todo o mundo.
Quando por fim cruza as inúmeras pontes
Encontra uma cidade que nada teme!
Pelo caminho ficou a linha
Que o acompanha fielmente.
Nas suas margens fundiu-se,
Há muito, a neve em mil nascentes,
Deixando agora erguerem-se vastos picos verdes,
Que contrastam com um tranquilo céu,
Que, de um azul pálido vestido,
Abençoa quem o olha e admira.
E são muitos os que o fazem,
Saboreando entretanto um reboçadinho
Comprado à passagem, enquanto o comboio pára,
Seguindo depois em direcção a Este,
Contrariando o Rio que segue indiferente.
Os barcos de hoje ainda o cruzam constantemente
Mas os barris de outrora deixaram de ter lugar!
Ao invés, multidões acenam alegremente,
Dizendo adeus aos que no comboio,
Entre túneis e montanhas, se mantêm atentos
A cada curva do seu leito
Que banha as pedras com um amor milenar!
E ele segue eternamente alimentado pelo sonho...
Dando vida a um mundo repleto de mitos e lendas,
Onde o passado e o presente se unem constantemente.
Dando asas a um povo honrado e lutador
Que tem no seu Rio o seu orgulho!
Free Web Site Counter
Free Counters